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Ano Letivo: 2015/16

Conservação e Restauro

História 2

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4 ECTS; 2º Ano, 1º Semestre, 30,0 T + 15,0 TP + 2,0 OT , Cód. 938051.

Docente(s)
- Maria Madalena Giraldes Barba Pessoa Jorge Oudinot Larcher (2)

(1) Docente Responsável
(2) Docente que lecciona

Pré-requisitos
Não Aplicável.

Objetivos
Os alunos deverão apreender os principais horizontes da história moderna, em conexão com as mais importantes heranças medievais, privilegiando as da cultura, mas relacionando-as com os principais factos políticos e transformações sociais. Deverão saber reflectir sobre os conhecimentos adquiridos.

Programa
Parte I. As Referências Medievais da Civilização Europeia

1. As raízes longínquas: a seiva da cultura greco-romana e o cristianismo
2. A Cristandade: o papel da Igreja e do poder pontifício numa unidade política da Europa
3. As orientações cristãs do pensamento: a filosofia política
4. A abertura da Europa na Baixa Idade Média: o surto de uma civilização urbana e cosmopolita; o papel das Cruzadas e do Comércio;
5. As bases intelectuais: A Europa das Universidades; os grandes rumos do conhecimento nos séculos XII e XIII
6. A Crise do Século XIV: o Declínio da Idade Média: os confrontos entre o poder pontifício e os poderes civis (a Questão Bonifaciana e o conflito com Luís da Baviera); o Grande Cisma (1378-1414): os factos e as ideias (as doutrinas conciliaristas).



Parte II. O Século XV: Os Alvores da Idade Moderna


A. A Primeira Metade


1. O Tempo dos Grandes Concílios
1.1. Os grandes concílios e a resolução do Grande Cisma: Pisa (1409), Constança (1414-1417) e Basileia – Ferrara - Florença (1431-1439)
1.2. As doutrinas políticas: o peso das teses conciliaristas

2. Os prenúncios da Reforma Protestante:
2.1. A doutrina de John Wyclif: principais aspectos e condenação pontifícia (1409)
2.2. A importância de João Huss: a pregação da doutrina de Wyclif na Boémia e a sua condenação à morte no Concílio de Constança (1415)
2.3. a repercussão da sua morte na Boémia: o significado da guerra hussita (1415-1434).


B. A Segunda Metade


1. O Despertar do Renascimento
1.1. Aspectos gerais (conceito, cronologia e controvérsias)
1.2. O florescimento cultural em Itália:
2.2.1. Florença
2.2.2. Roma
2.2.3. Veneza
1.3. O Renascimento na Europa Ocidental:
1.3.1. as influências italianas
1.3.2. as particularidades nacionais
1.4. Os principais traços: humanismo, classicismo, naturalismo


2. O avanço turco a leste e o rasgar de novos rumos para a Europa pelo Atlântico
2.1. A pressão Otomana e a conquista de Constantinopla (1453): o fechar da Europa a leste.
2.2. Os Descobrimentos e a abertura da Europa por ocidente: a possibilidade de novas estratégias e a importância das posições e incentivos pontifícios

3. Os marcos convencionais do início dos Tempos Modernos – selecção e controvérsias



PARTE III. O Século XVI: os Novos Horizontes
(Políticos, Culturais e Religiosos)

A. As Grandes Transformações da Primeira Metade

1. A Reforma Protestante: os principais ramos (1517-1545):
1.1. Na Alemanha: a preponderância do luteranismo (1517-1555)
1.2. Em Inglaterra: fundação e evolução do anglicanismo (1531-1558)
1.3. Na Suiça: formação e projecção do calvinismo (1534-1541)


2. As novas linhas do Renascimento
2.1. Aspectos gerais (a imprensa; o novo mapa europeu das universidades; a renovação da literatura e da historiografia)
2.2. A diversidade entre o Norte e o Sul
2.3. os passos precursores da Ciência:
2.3.1. o desenvolvimento da matemática: principais destaques e
repercussões sobre a filosofia;
2.3.2. a valorização dos conhecimentos empíricos
2.3.3. Copérnico e a teoria heliocêntrica
2.3.4. os primeiros confrontos com a escolástica
2.3.5. A importância científica das descobertas

3. Os impactos do Renascimento sobre o Pensamento Político e Jurídico:
3.1. O Renascimento do Norte:
3.1.1.os novos horizontes humanistas na literatura dos Espelhos de Príncipes: o destaque de Erasmo de Roterdão na sua obra A Educação do Príncipe Cristão
3.1.2. a crítica social: o Elogio da Loucura, de Erasmo, e a originalidade e projecção da Utopia, de Thomas More
3.2. O Renascimento do Sul: o destaque de Maquiavel;
3.3. O Renascimento Ibérico: os impactos jurídicos das Descobertas no Desenvolvimento do Direito Natural:
3.3.1. Os problemas levantados na América em torno do estatuto e liberdade dos índios: as controvérsias de Las Casas e as suas repercussões
3.3.2. Dos factos à consagração de princípios
3.3.2.1. A reunião de Juntas em Espanha e o destaque de Francisco de Vitória (1540): do Direito Natural ao Internacional
3.3.2.2. A consagração da Escola de Salamanca e as primeiras posições pontifícias (1537)
3.3.3. Os impactos na legislação de Castela: as Leis Novas (1542)

4. O início da Reforma Católica: marcos e orientações – os primeiros sinais de um novo vigor
4.1. Um panorama geral de Reforma: as reformas diocesanas e as reformas das ordens religiosas
4.2. A Companhia de Jesus:
4.2.1. o percurso institucional da sua fundação
4.2.2. a rápida expansão na Europa, Oriente e Brasil
4.3. A abertura do Concílio de Trento:
4.3.1. as razões políticas do adiar do Concílio;
4.3.2. preparativos, objectivos e a abertura em 1545.


B. A Segunda Metade de Quinhentos

1. A Reforma Católica e a importância do Concílio de Trento: convocação, sessões, controvérsias e primeiros resultados

2. As consequências políticas da Reforma: da unidade cristã à afirmação das nações
2.1. O malogro do sonho imperial de Carlos V: a projecção dos problemas da Alemanha no cenário dos conflitos europeus
2.2. A afirmação das nações no quadro internacional
2.3. As Guerras de Religião
2.4. O declínio do Império e o fim da Cristandade

3. Os impactos da Reforma nas Ideias Políticas
3.1. Os primeiros frutos das perspectivas políticas dos reformadores protestantes
3.2. As Guerras de Religião e as reacções aos vastos poderes dos príncipes: os monarcómacos (protestantes e católicos)
3.3. As orientações tridentinas quanto ao governo dos príncipes

4. A projecção ultramarina de Portugal e Espanha e os primórdios de uma concorrência internacional



PARTE IV. O Século XVII: A afirmação de um novo equilíbrio europeu

A. A Primeira Metade

1. Da Guerra dos Trinta Anos (1618-1648) ao Tratado de Vestfália (1648):
1.1. Principais fases e acontecimentos
1.2. Balanço dos conflitos de religião na Europa
1.3. Principais determinações do Tratado de Vestfália (1648):
1.3.1. A consagração de um novo mapa europeu
1.3.2. A consumação do princípio cujus regio hujus religio, alargado aos calvinistas

2. Os progressos do absolutismo
2.1. O panorama europeu
2.2. O modelo francês e a sua projecção: o sistema ministerial, de Richelieu a Mazarino

3. A Europa e a sua projecção ultramarina: os factos - a concorrência a Portugal e Espanha, por França, Inglaterra e Holanda

4. A Cultura
4.1. A revolução científica e as controvérsias em torno de Galileu; o estabelecimento do método científico e o confronto com o aristotelismo
4.2. a expansão do método científico a outros ramos do saber: matemática, medicina e ciências naturais - os balanços de uma revolução na epistemologia



B. A Segunda Metade de Seiscentos

1. O auge do absolutismo real em França: o reinado de Luís XIV:
1.1. a reformulação do aparelho de Estado
1.2. A corte de Versailles: significado político e cultural
1.3. as questões eclesiásticas:
1.3.1. A centralização do poder e a afirmação dos tribunais régios sobre os tribunais eclesiásticos
1.3.2. A crise galicana e a ameaça de cisma;
1.3.3. O jansenismo e os seus impactos políticos e religiosos: os primeiros grandes embates à Companhia de Jesus; o destaque de Blaise Pascal; a preocupação régia com a unidade religiosa do reino.
1.3.4. a perseguição aos protestantes

2. A contestação ao absolutismo régio em Inglaterra. A Guerra Civil e a execução do rei (1641-1649). A República.

3. A Sociedade, o Ensino e a Cultura: os principais traços do Antigo Regime
3.1. A sociedade corporativa; a diversidade de estatutos e privilégios
3.2. O ensino: a expansão do ensino secundário; programas e bases pedagógicas
3.3. A assistência aos necessitados: a acção das Irmandades e os apoios crescentes do Estado
3.4. A religiosidade na sua orientação tridentina e a sua projecção na arte
3.5. O desenvolvimento científico: astronomia, medicina, ciências naturais, física e química
3.6. A literatura e a sua projecção social:
3.6.1. O teatro e as suas funções sociais
3.6.6. A Parenética e a sua importância política


PARTE V. A Primeira Metade do Século XVIII:
Dos Primeiros Clarões das Luzes ao Crepúsculo do Antigo Regime
1. Os Principais Factos
1.1. O Despotismo Iluminado: Principais Casos
1.2. Os Novos Confrontos entre Estado e Igreja; do Josefismo à extinção da Companhia de Jesus
1.3. A Ciência e a Cultura: os alcances materiais e filosóficos dos progressos científicos
1.4. A economia e a sociedade: a Revolução Industrial e os seus impactos

2. As doutrinas políticas e a sua projecção política e social:
2.1. O Iluminismo Inglês: a influência de Hobbes, Locke e Hume
2.2. O Iluminismo Francês: principais orientações e representantes (o destaque de Voltaire, Montesquieu, Diderot e d’Alembert)
2.3. Jean Jacques Rousseau e a Transição para o Romantismo
3. A Guerra dos Sete Anos (1756-1763) e as suas implicações

Metodologia de avaliação
Frequência, na qual será necessário obter a classificação mínima de 10 (dez) valores para dispensa de exame. Possibilidade de um trabalho, que fará média com a frequência (50% para o trabalho e 50% para a frequência) e que será contabilizado apenas se resultar em melhoria da nota. Exame oral em casos necessários

Bibliografia
- CHAUNU, P. (1993). A Civilização da Europa Clássica. (Vol. 2 vs.). s.l.: Estampa
- CHAUNU, P. (2002). Tempo das Reformas, 1250-1550. (Vol. 2 vs.). s.l.: Edições 70
- CORVISIER, A. (1977). O Mundo Moderno. s.l.: Círculo de Leitores
- DELUMEAU, J. (1991). A Civilização do Renascimento. (Vol. 2 vs.). Lisboa: Presença

Método de Ensino
Aulas teóricas expositivas, acompanhadas de projecções
Aulas teórico-práticas, nas quais os alunos poderão participar com uma exposição oral e escrita de análise de uma fonte escrita da época, analisando-a no seu contexto.

Software utilizado nas aulas

 

 

 


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