Quer nos reportemos à República de Platão, quer abracemos a modernidade com Hiroshi Ishiguro, um especialista em robótica da Universidade de Osaka que desenvolveu uma cópia robótica de si próprio, à sua imagem e semelhança, que maneja de forma remota, quer se trate apenas de uma pulsão, primária e espontânea, ou uma motivação profundamente esotérica, o homem sempre idealizou para si um mundo diferente daquele que foi conseguindo criar, sem os atavios e dificuldades de uma realidade que mais cedo, quase nunca mais tarde, o limita e constrange, e onde a sua essência natural e humana, cândida e crédula, a seu tempo é contaminada pela sociedade que o acolhe e envolve.
Refletir sobre esta pulsão, projetada na Ciência e na Filosofia, na Educação e na Arte, na Literatura e na Tecnologia, percorrendo as artérias da Utopia, de More, ou regressando à Ilha dos Amores, de Camões, para daí projetar o caminho rumo ao futuro, real e paralelo, é o que que propõe esta nova edição do “Bibliotecando em Tomar de 2017: Utopias & distopias: leituras das de ontem e de hoje”, a decorrer nos dias 5 e 6 de maio de 2017.
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